A GRAÇA SEM GRAÇA

Bolsonaro deixou todo mundo completamente sem graça quando concedeu a graça ao deputado Daniel Silveira para livrá-lo da cadeia. Foi mais um capítulo na desgraçada briga do presidente com o STF. Mais uma gracinha que o presidente fez para elevar o estresse político. Mais um golpe de graça contra a democracia.

A graça é um indulto que o presidente pode fazer em favor de uma pessoa. Como humorista sou contra esse nome para esse ato sem graça. Como é que os humoristas vão continuar a fazer graça , sabendo que graça também é o nome dessa desgraça? Se graça nomeia esse indulto, a graça também pode ser sem graça? E quem recebe uma graça dessas , passa a ser considerado engraçado? Muito sem graça isso para os humoristas. E mais ainda para o Brasil.

CLIQUE AQUI SE VOCÊ NÃO É UM ROBÔ

Para se livrar dos da invasão dos robôs, muitos sites colocam aquela questão que deixa todo mundo meio bolado, pedindo para você confirmar que não é um robô

Sempre achei isso muito estranho. Como assim colocar em dúvida se eu sou ou não um robô? E então, diante dessa questão, me bate aquela dúvida existencial, será que eu não sou mesmo um robô? Será que as minhas atitudes não são todas pré-programadas por algum ente que domina o meu cérebro?
E fico pensando o seguinte: se os sites querem apenas que você clique em algo na tela, com a ideia de que robôs ainda são incapazes de clicar em algo, então por que não colocar uma questão menos estranha? Algo como clique aqui se você for capaz ou clique aqui se puder, ou apenas Clique aqui…
Alguns sites mudaram essa questão. Eles pedem para você confirmar se é ou não um humano.

Confesso que segundos antes de confirmar a minha humanidade ainda me bate uma pequena dúvida. Será que sou mesmo humano?
Mas em alguns casos muito específicos essa questão precisa ser modificada. É o caso do Putin. Nesse caso a frase que precisa ser confirmada é:

SOU DESUMANO

TEM UM BILHÃOZINHO AÍ?

TEM UM BILHÃOZINHO AÍ?

O assunto do mundo dos bilionários atualmente é o Elon Musk, que botou na cabeça que queria comprar o Twitter. E comprou. Ninguém sabe pra que o cara quer o Twitter, inclusive muito gente está com medo de que ele queira mandar o Twitter para o espaço. Pois ele separou uns trocados lá e fez uma oferta pelo Twitter: 44 bilhões de dólares. É tanto zero que talvez nem dê para escrever numa tuitada apenas.
Pois é, essa turma aí só fala em bilhão. A gente sonhando em ganhar um milhão e os ricaços do mundo agora só falam em bilhão. Nos tempos atuais, ser só milionário é uma merda, coisa de pobre, o lance é ser bilionário. Daqui a pouco essa galera vira trilionário e vai ter bilionário reclamando da vida. 
Na área tech, o mundo das altas tecnologias, é tudo bilhão. Começou com o Yahoo anunciando a compra do Tumblr por vários bilhões. Tudo bem, uma empresa cheia de vogais comprou outra cheia de consoantes, mas será que isso vale bilhões?
O Zuckerberg saiu para fazer uma comprinhas e arrematou o WhatsApp por 16 bilhõezinhos!
Qualquer negocinho furreca na internet hoje em dia, qualquer compra de uma empresa por outra, custa de 30 bilhões pra cima. É um tal de Google compra site de troca de figurinhas por 35 bilhões, Facebook compra serviço de compartilhamento de peidos por 40 bilhões, Microsoft compra rede social só para idiotas por 37 bilhões, Sony compra APP que tira melecas virtuais bolado por dois pivetes de 16 anos por 32 bilhões de dólares!
E o mais incrível é que os números que vem depois da vírgula representam milhões de dólares, mas são apenas números depois da vírgula. Milhões de dólares hoje em dia é merreca, coisa de pobre.
  – Quanto custa esse site? 25,6 bilhões? Ah, toma 26 bilhões e fica com o troco!
Pagar bilhões de dólares virou tão corriqueiro que contam por aí que uns dias atrás o dono do Google, o Larry Page, foi tomar um cafezinho. Perguntou o preço e o atendente fez um sinal de cinco com a mão. O megabiliardário não titubeou, tirou cinco bilhões da carteira e pagou na hora. Costume é fogo.

MEMÓRIAS : FAMOSOS NO CASSETA & PLANETA

Foram muitos os convidados que foram ao nosso programa. Mas é claro que alguns convidados chamaram mais atenção, ou porque eram muito famosos, ou porque era inusitado aparecerem em um programa de humor, ou porque fizeram algum quadro muito diferente. Toda vez que se sabia que algum convidado iria ao Projac gravar com agente, já havia uma mobilização de gente para ver a gravação. Apareciam pessoas de outras produções para assistir a gravação, o próprio pessoal da produção levava gente para ver e muitas vezes, nós mesmos levávamos algum conhecido que queria muito ver o famoso.
Dos convidados muito famosos, acho que o Pelé foi o que angariou mais expectadores extras. A gravação, mesmo dentro do Projac, foi complicada tal a quantidade de gente que queria ver o Rei. E o Pelé gravou super bem os quadros que escrevemos para ele, como se estivesse em casa. O Edson também se mostrou bem a vontade.
A Xuxa também causou alvoroço, estava no auge do sucesso quando foi ao programa. Uma criançada apareceu do nada para ver as gravações.
Sandy e Junior gravaram várias vezes com a gente. Sempre com muita gente presente para ver a dupla.
Os pais deles, Chitãozinho e Xororó também gravaram com a gente.
Alguns convidados foram mais de uma vez ao programa, como Romário, Ronaldo Fenômeno, Ivete Sangalo, Zezé de Camargo e Luciano, Bruno e Marrone, Regina Casé, Zeca Pagodinho, Xuxa, Luciano Huck, Angelica… A lista é grande.
Fernanda Montenegro nos deu a honra de ir ao programa e foi hilário.


Da música, recebemos do rock ao sertanejo, da MPB e do pop à música brega: Caetano, Rita Lee, Skank, Raimundos, Charlie Brown Jr, J.Quest, Lulu Santos, Reginaldo Rossi, É o Tchan, Bruno e Marrone, Zezé diCamargo e Luciano, Leonardo, Daniel…
Quando a gente entrou na TV, no TV Pirata, arrumamos uma treta com o Chico Anysio. Anos depois, Chico Anysio foi ao programa e desfizemos quaisquer rusgas que tínhamos, foi muito bom.
Outro cara que teve problemas com a gente, o Rubinho Barrichello também acabou indo ao programa e a gravação se deu num clima super tranquilo. Ele foi super simpático. Acho que depois ele esqueceu disso, porque voltou a falar mal da gente.
Praticamente todo mundo que fazia sucesso acabava batendo o ponto no programa. Alguns que apareceram por lá eu nem sei onde foram parar. Lembram de Mauricio Manieri, Karametade, Rodrigo Dourado do BBB, Pepe e Neném?
Alguns convidados foram completamente inusitados, como o economista Armínio Fraga que topou fazer um motorista de táxi.
Alguns famosos nós gostaríamos muito de ter levado ao programa, mas não conseguimos. Um deles foi o Guga, o tenista, que nunca topou ir. E o outro que sempre quisemos que fosse, mas não conseguimos levar foi o rei Roberto Carlos. Fizemos várias investidas, mas ele sempre foi arisco. Me lembro de ter ido a um show do rei com o Helio para convidar ele para o programa. Depois do show fomos ao camarim falar com o rei, que nos recebeu super bem, gostou do convite e garantiu que ia no programa. Mas não rolou. Teve um momento que achamos que ele ia, chegamos a escrever o texto para a participação dele no programa, mas ele acabou desmarcando.
As vezes a gente escrevia quadros especiais para os convidados, mas outras a gente fazia algum episódio de algum personagem com a participação do famoso. Foi assim com Acarajette Lovve, que recebeu Ivete, Claudia Leitte, Daniela Mercury e até a Joelma da Banda Calipso.
O Tabajara Futebol Clube também recebeu vários convidados, desde Romário e Ronaldinho, até Vanderley Luxemburo e Joel Santana.
Mas a maior participação por metro quadrado de famosos no programa, se deu na campanha do Pum, mais de vinte celebridades foram ao Projac para cantar com a gente o jingle da campanha, cujo refrão dizia:
Não solte pum no elevador
O ar eu eu respiro
Não pode ter nenhum fedor.
Sem falar dos convidados internacionais, mas isso é assunto para outro post.

MEU SITE DE APOSTAS

Outro dia recebi uma mensagem estranha de uma moça no Twitter. Ela dizia: “que site merda!”. Achei estranho, de que site ela estava reclamando? Do twitter? Do meu blog? Fui investigar e descobri que a revolta dela era dedicada a um site de apostas , cujo nome era bet alguma coisa. E deve ter errado a digitação e mandou um Beto em vez de Bet. Pois é, todos os sites de aposta têm Bet no nome. Aposto que vocês já sabem que Bet é aposta em inglês. O meu time mesmo, o Fluminense, é patrocinado por um tal de Betano. Tem o BetFair, tem Bet365, tem SpostsBet, tem um monte de Bet por aí.
O erro de digitação da moça me deu uma ideia: Por que não lançar o meu site de aposta?
Então eu estou lançando o…
BetSilva
No BetSilva você pode apostar em qualquer coisa:
Quantos ministros ainda vão cair esse ano?
Quantos litros de gasolina vai dar pra comprar se você vender o seu carro?
Quantos bois vão aparecer no próximo capítulo de Pantanal?
E se você que se acha um cara muito azarado, na BetSilva você nem precisa apostar, já que vai perder mesmo, é só mandar o dinheiro!
O BetSilva vai arrebentar, quer apostar?

EU FUI AO CINEMA!

Depois de mais de dois anos sem ir ao cinema por conta da pandemia, resolvi no último domingo a noite retomar esse hábito. Pelo jeito, a pandemia não só afastou as pessoas do cinema, ela expulsou para sempre o público desse entretenimento do século XX.
Eu fui a um desses complexos de cinemas de shopping, com umas 6 ou 7 salas e não havia ninguém por lá. Fiquei até na dúvida se estava aberto. Assim que chegamos na porta, a moça que deveria estar ali para pedir os comprovantes de vacina estava sentada, quase dormindo, numa poltrona a uma certa distancia da entrada. Ela olhou para a gente com uma preguiça danada, parece que havia passado o dia inteiro sentada ali. Se aproximou da gente e pediu os nossos comprovantes. Entramos no complexo e fomos comprar os ingressos em máquinas, a pandemia acabou com as bilheterias também. Na hora de escolher os assentos vi que a sala estava completamente vazia, todos os lugares vagos. Tudo bem que o filme que escolhemos era um filme japonês, Drive my car, nem um pouco popular, mas zero pessoas!
Então fomos comprar pipocas. Os atendentes também demoraram a se levantar de suas cadeiras, os últimos clientes antes de nós pareciam ter sido atendidos há dias. A pipoca também parecia ter sido feita há dias.
Entramos na sala de nosso filme. Algumas pessoas além de nós surgiram, não passaram de umas cinco. A dúvida que eu tinha se deveria ou não usar máscara se dissipou rapidamente, já que a distancia mais próxima de outro espectador era de 15 metros mais ou menos.
Foi assim a nossa primeira sessão de cinema depois de tanto tempo, praticamente um telão particular.
O filme eu achei até interessante, mas muito longo e lento. Me deu saudades do streaming, quando a gente pode se levantar para fazer um xixi e beber uma água, e logo voltar ao filme. Juro que, depois de duas horas de filme, procurei instintivamente o controle remoto para dar um pause, mas tive mesmo que me contorcer mais uma vez na cadeira e seguir em frente.
Na saída do cinema o shopping já estava vazio e deu até medo de ficar num local tão deserto.
É isso, desse jeito, esse negócio não vai durar muito mais tempo. Filme hoje em dia não passa de um seriado que só tem um episódio. Depois a galera reclama que só tem filme merda no Oscar, que só um tapa na cara é capaz de fazer a gente comentar a cerimônia.

QUESTIONÁRIO DA SEMANA

Responda as questões abaixo:

Qual dessas expressões conhecidas define melhor o tapa de Will Smith no Chris Rock
a- Entre tapas e beijos
b- Um tapinha não dói
c- Dar a cara a tapa
d- Um tapa na cara da sociedade
e- O tapa saiu pela culatra

Em qual dessas expressões conhecidas a performance da terceira via nas pesquisas eleitorais melhor se encaixaria:
a- A vaca foi pra terceira via
b- Nem fode nem sai da terceira via
c- Vai de terceira via a pior
d- Desceu ao fundo da terceira via
e- Devagar, quase terceira via

A grande novidade na Tv é o remake de Pantanal. Qual é a expressão que melhor define isso:
a- Chovendo no malhado
b- Panela velha é que faz novela boa
c- Aonde a vaca vai, o boi vai atrás
d- Colocando a novela na frente dos bois
e- Cutucando a onça com a Maria Marruá

MEMÓRIAS: FUCKER & SUCKER, UMA DUPLA DE DOIS TIRAS

A polícia brasileira e seus métodos heterodoxos sempre foi tema para o Casseta & Planeta. Fizemos dezenas de quadros sobre esse assunto, principalmente por sermos cariocas e o Rio de Janeiro ser uma das cidades mais violentas do país, ou pelo menos, a cidade onde as tragédias policiais mais repercutem país a fora.
A ideia do quadro era confrontar dois policiais americanos, supostamente honestos e cumpridores de seus deveres, com um policial brasileiro totalmente corrupto. Os dois “tiras” vêm fazer um intercâmbio no Brasil e caem justamente numa delegacia ultra-corrupta comandada pelo personagem do delegado.
O nome completo da série era “Fucker & Sucker – uma dupla de dois tiras (A pair of two double cops)”, uma brincadeira com as antigas séries de policiais americanos. Os nomes dos atores que faziam Fucker e Sucker também eram fictícios – Johny de Bruce e Chuck Smegman. A piada começava no nome dos policiais gringos: Fucker e Sucker. A segunda piada era que eles eram dublados. Coube ao Hubert e ao Reinaldo essa moleza, um papel em que não precisavam decorar nenhuma fala. Já o papel que tinha falas para decorar era meu, o delegado corrupto, que falava bastante. Aliás, esse personagem nem nome tinha, ele era conhecido apenas como “delegado”, e eu sempre gostei muito de interpretá-lo. Na época eu inclusive sabia que o Fucker era o Hubert e o Sucker era o Reinaldo. Ou seria ao contrário?
Um dos destaques desse quadro eram as dublagens de Fucker e Sucker que eram feitas por dois craques das dublagens: o Marcio Simões, que fez o Gênio de Aladim, dublava o Fucker; e o Mauro Ramos, que fez o Pumba de Rei Leão, fazia o Sucker. Ou seria ao contrário?
As dublagens muitas vezes eram feitas na própria gravação do quadro, quando os dois geniais dubladores, ficavam do lado de fora da cena, dando as falas , enquanto o Reinaldo e o Hubert apenas mexiam a boca. Já eu tinha que decorar mesmo as falas. “Oh, fezes!” – como diria Fucker. Ou seria Sucker?
A série fez muito sucesso , foram dezenas de quadros onde quase sempre o carro de Fucker e Sucker era roubado e eles acabavam atrapalhando os “negócios” do Delegado, um precursor das milícias, muito antes do Tropa de elite 2.
Vários convidados participaram da série. Me lembro bem da Tiazinha, que enlouquecia a galera na época e enlouqueceu todo mundo na gravação. Mas os convidados mais famosos, foram os integrantes do Deep Purple. Quando Ian Gillan, o vocalista do Deep Purple ouviu o nome dos personagens da série, ele se mijou de rir. Eu, como um fã incondicional do grupo, fiquei bobo, meio estupefato vendo os meus ídolos , na minha frente, tocando “Smoke on the water”. Fiquei tão embasbacado, que quando a gravação da música acabou, o diretor me chamou para a próxima cena, mas eu permaneci ali de boca aberta. Ele então gritou:
– Beto, mexa esse traseiro gordo! – Como diria Fucker. Ou seria Sucker?

INFERNET

Outro dia ouvi a internet ser chamada desse jeito, Infernet. Adorei. As vezes a Internet se enche mesmo de diabinhos e se transforma num verdadeiro inferno virtual.
A Infernet começa , por exemplo, quando você abre o seu Facebook e posta uma frase ingênua, falando algo sobre um filme, um livro ou sobre a Páscoa, algo que fiz outro dia. Postei a frase:
“Tá chegando a semana da páscoa.: semana de lembrar que chocolate dá espinha e engorda. Semana de dizer “foda-se!””
Imediatamente começaram a pipocar comentários. Os primeiros são os “kkk”, “rsrsrs”, “rárárá”, ¨hahaha”, “ririri”  e outros novos sinônimos internéticos para risadas. Fiquei feliz, a minha piadinha pascoalina havia funcionado. Logo um sujeito que não gostou da piada tascou seu comentário:
“Não achei a menor graça!”
Tudo bem,  fiquei meio cabreiro, mas deixei lá o comentário, afinal sou pela democracia , todo mundo tem direito a ter a sua  opinião.
Então um sujeito que sabe que eu não sei quem ele é, manda:
“Sem graça e gordo! E vai engordar mais, hein, sua vaca!”
Beleza! Deixei a porra da opinião do animal ali, afinal sou ou não sou um partidário dessa porra de democracia?
Mas a Infernet ainda não havia nem começado. Ela ainda não tinha  mostrado as suas asinhas, ou chifrinhos. Não tardou muito para chegar um comentário pseudo-politizado:
“Você fala isso porque tem grana pra comprar ovo de páscoa. E quem não tem e não pode falar “foda-se”?”
Nem tive tempo de pensar, logo chegou outro comentário com a resposta:
“Isso é porque o governo só gasta grana com ministérios sem sentido! Por que não cria o Bolsa-ovo?”
Então o primeiro cara se enfureceu e defendeu o governo. Logo o segundo, ainda mais enraivecido, acusou o governo de várias falcatruas. Os dois ficaram trocando comentários acusatórios entre si. Tudo isso no espaço para  comentários do MEU idiota post de páscoa!  Os comentários passaram de uma frase, para duas frases, para um parágrafo e então verdadeiros tratados contra ou a favor do governo.  Quarenta mensagens depois, quando alguns amigos dos comentadores já haviam entrado na conversa trazendo novos argumentos a favor ou contra , um sujeito lançou um comentário tentando mudar de assunto:
“ Gente, parem de brigar. Por que vocês não falam de algo que todo mundo concorda? Falem mal do Luan Santana, por exemplo!”
Aí fudeu!
Os fãs do Luan Santana devem ter programas-robôs, ou sei lá como isso se chama, que detectam qualquer frase que fale mal de seu ídolo. Foram poucos segundos até a tropa de elite que age em defesa do cantor entrar na história com dezenas de comentários defendendo o Luan Santana, jurando fidelidade eterna e até ameaçando de morte quem ousasse falar mal do seu amado ídolo. Até que uma das fãs radicais citou o Justin Beeber e aí a guerra se internacionalizou.
Era a Infernet em plena atividade dentro dos comentários do meu post!

Esse texto está no meu livro “Blogando e andando”. Se quiser conhecer os outros textos, é só comprar o livro aqui:
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O CONTEXTO ESTÁ FORA DO CONTEXTO

O contexto se ferrou!
No contexto atual, ninguém mais usa o contexto como deveria usar.
Atualmente, toda vez que alguém fala uma merda bem grande, daquelas que todo mundo acha um absurdo, daquelas que acabam viralizando na internet a ponto do cara se ver obrigado a se explicar, qual é a primeira coisa que o sujeito fala?
– As pessoas tiraram a minha fala do contexto.
Pois é, a culpa acaba sendo do coitado do contexto.
Mas o contexto sofre de todos os lados. Quando ele é necessário de verdade, ninguém se lembra dele. O humorista fez uma piada nos anos 80 do século passado e está sendo cancelado 40 anos depois. Ninguém é capaz de contextualizar porra nenhuma. Quem é que se lembra de um contexto do século passado?
Seja pela ausência ou pela presença, quem acaba se ferrando é sempre o contexto!
Quem é que vai defender o contexto? Quem é o advogado do contexto?
Coitado do contexto, ficou fora do contexto!