GRANDES CACIQUES DO BRASIL

Alguns até acham que nosso país não é mais uma aldeia indígena, mas como ainda temos caciques! Eu estou falando dos caciques políticos, que mandam no país.
Hoje em dia esses caciques são menos conhecidos, só os comentaristas políticos da Globonews, CNN e tais sabem o nome dos donos dos partidos do Centrão. Mas nós, que não temos saco para acompanhar o dia-a-dia da política, não conseguimos decorar o nome desses caras.
Mas, num passado nem tão distante, todo mundo sabia direitinho quem eram os caras que mandavam na política brasileira.
Uma vez, há bastante tempo, fui apresentado a um dos mais poderosos caciques da país: o poderoso Antônio Carlos Magalhães, o ACM, que foi “dono” da Bahia.
Meu encontro com ACM aconteceu em um hotel na Praia do Forte, na Bahia, onde estava hospedado com a minha família. ACM também estava hospedado nesse resort. Eu estava tomando um banho de mar com a minha filha. Quando saímos do mar, fomos nos lavar num chuveirinho que havia na beira da praia. Foi dali que eu avistei o homem, a uns dez metros. ACM estava ao lado de um assessor que já havia conversado comigo, e que me chamou. Mandei a minha filha para a barraca onde estavam meus pais e, meio sem jeito, me aproximei. O assessor me apresentou ao homem:
 – Esse é o Beto Silva do Casseta & Planeta.
ACM não falou nada, só ficou olhando para a minha cara. Sem saber o que fazer ou dizer, desandei a falar um monte de bobagens, falei do tempo, falei do hotel, disse que o meu pai era baiano, que o meu avô também… O homem só olhava para a minha cara e respondia com monossílabos. Ao final me despedi e fui  para a barraca onde estava com a minha família.
 – Você viu? – perguntei para a minha mãe.
 – Vi. Você falou com o ACM.
 Então minha mãe apontou para o meu nariz.
 – Que foi? – perguntei sem entender.
 – O nariz – minha mãe falou.
 – O que que tem o nariz? – perguntei.
 – Tem uma meleca descendo. – minha mãe explicou.
 Sabe aquelas cobrinhas de catarro que descem do nariz quando a gente entra na água? Pois é, uma dessas melecas estava lá descendo desde a minha narina esquerda até quase a boca. Eu só consegui olhar em direção a barraca do ACM e pensar: Será que foi por conta do meu catarrão que o homem me olhava tanto?
Pois é, foi assim o meu encontro com o poderoso ACM.
Algumas pessoas acharam essa história nojenta, mas outras consideraram um ato político!

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